FILOSOFIA COREANA



A FILOSOFIA COREANA possui uma história registrada de mais de dois mil anos. Durante esse período, ela foi fortemente influenciada pelo xamanismo, budismo, confucionismo e taoismo.

A filosofia budista diz que a existência está relacionada à dor, e que a origem da dor é a falta de sabedoria. Os budistas concluem que, para se superar a dor, deve-se livrar da ignorância. 


A meditação está fortemente ligada à filosofia budista. Para livrar-se da dor, o homem possui diversos caminhos, entre eles: a compreensão correta, os pensamentos e as ações corretas, e o modo de vida de acordo com a atenção e com a lucidez. 

Dentro do budismo coreano, se destacam os nomes de Wonhyo (617-686) e Pojo Chinul (1158-1210)ː este último, o fundador da escola Son, que foi o ramo coreano do zen.


NEOCONFUCIONISMO...

O neoconfucionismo foi uma tentativa de síntese entre o confucionismo, o budismo e o taoismo. Se destacam os nomes de Yi Hwang (T'oegye,1501-1570) e Yi I (Yulgok,1536-1585).

SILHAK....

Entre 1550 e 1850, o movimento Silhak ("Aprendizado Prático") tentou um retorno ao espírito original do confucionismo. Seu nome mais importante foi Jeong Yak-yong (1762-1836).


CRISTIANISMO E CIÊNCIA OCIDENTAL... 

No início do século XVII, a Coreia passou
 a ter contato com o cristianismo 
e a ciência ocidental.


SÉCULO XX....

Com a invasão japonesa da Coreia em 1910-1945, a filosofia coreana foi reprimida pelo xintoísmo de estado. Aqueles que foram mandados para serem educados no Japão retornaram com um conhecimento de filosofia ocidental, sendo que a influência educacional alemã no Japão conduziu ao começo do interesse nos idealistas alemães, Marx, Hegel e os dialéticos. 


Após a rendição do Japão em 1945, a Coreia dividiu-se, situação esta solidificada após a Guerra da Coreia (1950-1953). A filosofia coreana foi, então, dividida entre o sul libertário e o norte autoritário.



XAMANISMO

Os coreanos, como outros do leste asiático, têm sido, tradicionalmente, ecléticos e não exclusivos nos seus compromissos religiosos. Sua visão religiosa não tem sido condicionada por uma fé única e exclusiva, mas por uma combinação de crenças e credos indígenas importados no país. 


Embora o xamanismo coreano é essencialmente monoteísta, com a crença em um único Deus Criador ("Hwan-in" em coreano, mais tarde também Haneul-nim, 하늘님 / 하느님, ou HANEU-nim, 하나님, que são versões utilizadas por católicos e coreano protestantes, respectivamente), a crença em um mundo habitado por espíritos é provavelmente a mais antiga forma de vida religiosa coreana, que remonta aos tempos pré-históricos. 


Há um panteão bastante desorganizado de literalmente milhões de deidades, espíritos e fantasmas, que vão desde os generais "deus" que governam os diferentes bairros do céu aos espíritos da montanha (sansin).


Este panteão inclui também divindades que habitam as árvores, cavernas sagradas, e pilhas de pedras, bem como espíritos da terra, as divindades tutelares das famílias e aldeias, duendes travessos, e os fantasmas de pessoas que em muitos casos, encontrou uma morte violenta ou trágica. Esses espíritos dizem ter o poder de influenciar ou mudar a vida homens e mulheres.


Xamãs coreanos são semelhantes em muitos aspectos, àqueles encontradas na Sibéria, Mongólia e na Manchúria. Eles também lembram o Yuta encontrado nas Ilhas Ryukyu, em Okinawa, no Japão. Cheju é também um centro de xamanismo





 
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